Em relação aos estigmas linguísticos, vários estudiosos contemporâneos julgam que a forma como olhamos o “erro” traz implicações para o ensino de língua. 
A esse respeito leia a seguinte passagem, adaptada da fala de uma alfabetizadora de adultos, da zona rural, publicada no texto Lé com Lé, Cré com Cré, da obra O Professor Escreve sua História, de Maria Cristina de Campos: 
“Apresentei-lhes a família do ti. Ta, te, ti, to, tu. 
De posse desses fragmentos, pedi-lhes que 
formassem palavras, combinando-os de forma a encontrar 
nomes de pessoas ou objetos com significação conhecida. 
Lá vieram Totó, Tito, tatu e, claro, em meio à grande alegria 
de pela primeira vez escrever algo, uma das mulheres me 
exibiu triunfante a palavra teto. Emocionei-me e aplaudi sua 
conquista e convidei-a a ler para todos. 
Sem nenhum constrangimento, vitoriosa, anunciou 
em alto e bom som: “teto é aquela doença ruim que dá 
quando a gente tem um machucado e não cuida direito”. 
Considerando o contexto do ensino de língua descrito no texto acima, analise os seguintes enunciados: 
1. O uso de “teto” em lugar de tétano não deve ser considerado desconhecimento da língua. 
2. Esse uso revela a gramática interna da aluna. 
Assinale a opção correta a respeito desse enunciado: 
(Questão adaptada da prova do ENADE- 2008)
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