Como a escolha do tipo de gráfico pode mudar a forma como o público interpreta os mesmos dados? A escolha do tipo de gráfico não é apenas uma questão estética, mas também estratégica. Um mesmo conjunto de dados pode parecer mais estável ou mais dramático dependendo da forma como é representado. Por exemplo, gráficos de linha enfatizam tendências ao longo do tempo enquanto gráficos de barras destacam comparações diretas. Isso significa que, mesmo sem alterar números quem constrói o gráfico pode direcionar a interpretação do público para um sentido específico. De que forma interesses políticos ou comerciais podem influenciar a forma como um gráfico é construído? Interesses políticos e comerciais podem levar à escolha consciente de escalas, cores, formatos e cortes que favoreçam determinada narrativa. Em eleições, por exemplo, um partido pode apresentar dados com diferenças visuais exageradas para parecer mais popular. Esses ajustes mesmo de sutis, moldam opiniões e decisões sem que as pessoas percebam que foram influenciadas. Se a população tivesse um letramento estatístico mais alto, que tipos de distorções gráficas deixariam de funcionar? Com mais letramento estatístico, o público seria capaz de identificar rapidamente distorções comuns, como manipulação de escalas, ausência de eixos omissão do zero e uso indevido de pictogramas. Além disso, as pessoas teriam mais autonomia para questionar e comparar a representação visual com os números reais.
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